Esquecimento.

Podem dizer o que quiserem.
Eu não estou assim.
Não me sinto assim.
E se assim pareço, então...
Prefiro esquecer.
Já disse que não.
Não o quero.
Não o sinto.
E se assim sinto,então...
Prefiro esquecer.
Já pedi para não dizerem isso.
Não me vão influenciar.
Ele não me diz nada.
E se parece dizer, então...
Prefiro esquecer.
Não me vão ouvir dizer isso.
Porque não é verdade.
Já rezei para que não me tornasse a acontecer.
E se está a voltar, então...
Prefiro esquecer.
Está decidido.
Eu não torno a cair.
Muito menos por alguém como tu.
E se assim estou a cair, então...
Prefiro esquecer.
Isto começa a atingir-me.
Todos os dias oiço.
'YOU'RE IN LOVE!'
E se assim estou, então...
Prefiro esquecer.
Esquecer-me.
Esquecer-te.
Isto magoa.
E se assim é para ser, então...
Esquece.


'...há janelas que tu não abriste...'

A minha cabeça.

Precisava de te deixar.
De te abandonar em algum canto.
Precisava de fazer com que não ouvisses, não sentisses nem quisesses aquilo que as minhas mãos anseiam.
Se estivesses entretida tudo seria mais fácil.
Mas não estás.
Ou se estás não percebo com o quê.
Queria poder deixar-te por aí.
Perdida nele.
Ou em mim própria.
Mas perdida.
Não te queria aqui.
A relação que se estabeleceu entre ti e o meu coração já quase só me traz dissabores.
Não te quero.
E queres-o.
Mas eu não.
As minhas mãos sim.
O coração e o corpo também.
Mas eu não.
Quase de certeza.
Mas tu teimas comigo.
Estou a ficar mesmo deveras irritada contigo.
Pára.
Quando tu estiveres descansada talvez também eu possa repousar.
Não o pensamento mas pelo menos a ansiedade que me fazes ter.
De o ver.
Pára de interpretar o toque como um sinal.
Pára de ver o sorriso como uma chamada.
Só quero que me deixes ter paz.
O meu coração já não aguenta.
Esta existência de ideias confusas.
Fundidas num único sentimento.
Talvez raiva.
Ou cansaço.
Esta intermitência.
De o querer ou de o deixar.
Agora, só preciso que me deixes.
Ou que me deixes deixar-te.
...
Para poder correr atrás do meu coração.

'...I'm not a perfect person...'

Amanhã.

Continuo parada.
O mundo lá fora bem chama por mim, novos projectos tomam forma e da minha pessoa apenas parte a ideia.
Sinto-me sem forças.
Para sonhar.
Para querer.
Para te sentir.
E já não sinto.
Deixei.
Tudo á minha volta pode tomar novos contornos,mas continuarei aqui.
Parada.
Não faz sentido mexer-me sem saber para onde vou.
Não faz sentido se não tenho um motivo.
Uma razão.
Ou se não te tenho a ti.
Não, o que não é mais sentido.
Mas estou parada.
Embora a vontade palpite cá dentro.
Mas a vontade não é nada.
Não te tem.
Nem te traz.
E eu?
Continuo aqui.
Talvez amanhã ganhe coragem e decida correr atrás do que estou a deixar fugir por entre os dedos.
Mas só amanhã.
Hoje o cansaço de mim mesma é enorme.
Amanhã.
Sim, amanhã farei da vontade o presente.
E correrei .
Até onde possa ser feliz.
Ou até saber onde mora essa tal felicidade.
Atrás do que o meu coração não pára de me pedir.
Hoje, fico aqui.
Parada.


'...hoy que ya no estas aqui...'

7 das muitas.

Para responder ao desafio lançado pelo Pinguim: aqui vai...

7 coisas que faço bem:

*Deixar que os outros me passem, com frequência, a 'perna'.
(sim, isto porque tenho a mania que se deve ser muito boazinha e depois quem é que se lixa? Ah pois o MEXILHÃO!)
*Falar pelos cotovelos.
(depende do público, mas geralmente falo por mim e pelos outros.)
*Desculpar os outros.
(acho que a palavra só se encaixa em mim, então não me importo se os outros me pedem desculpa ou não, desde que eu já o tenha feito mil vezes antes.)
*Aturar os meus irmãos, os meus pais, o meu primo e a minha avó.
(uh, isto é que é uma prova de fogo.)
*Ajudar os outros.
(prefiro preocupar-me com os outros do que comigo própria, e depois?Está visto, claro!)
*Ser parvinha.
(um dos meus passatempos favoritos, não importa quando, onde e como, importa é sê-lo.)
*Estudar.
(sou deveras aplicadinha, quando estou com muita paciência.)

7 coisas que não faço ou não sei fazer:

*Não sei ser cínica.
(e destesto todos aqueles que o são comigo ou não.)
*Não sei mentir.
(só quando escrevo estas coisas.LOOL)
*Não sei ser com os outros como eles são para mim.
(e isto é muito mau.)
*Não faço qualquer tipo de desporto, a não ser levar o copo à boca.
( e...e...)
*Não sei guardar uma boa resposta só para mim.
(porque temos de dizer as coisas quando sentimos.)
*Não sei deixar de gostar de quem não gosta de mim.
(...)
*Não sei deixar de sonhar.
(e ás vezes dava-me tanto jeito.)


7 coisas que me atraem no sexo oposto:

*A aparência.
(por isso é que ando enganada.)
*A conversa.
(não dispenso um bom D.Juan, assim sempre lhe posso cortar as asas.)
*A inteligência.
(ó filho, podes ser muito bonitinho, mas se não tiveres dois dedos de testa, ok, esquece.)
*A cumplicidade que se estabelece entre mim e essa pessoa.
(pode nunca exceder a amizade, mas ter estas 'bases sólidas' já é meio caminho andado.)
*As mãos.
(sim, porque eu detesto ver unhas com terra.)
*Os olhos.
(isto porque eu não consigo falar com ninguém sem olhá-lo nos olhos, como diz o Pinguim são o espelho da alma, de todo.)
*O sorriso.
(sou fascinada por um bom sorriso.)

7 coisas que digo frequentemente:

*'Levas com uma cadeira.'
(isto porque há pessoas que o mereçem.)
*'Não acho real.'
(mesmo!Eu não vivo neste mundo e não entendo o que se passa por cá.)
*'Estás parvo?'
(ora, porque só lido com gente desta categoria.)
*'Estou farta do Camões.'
(já não suporto a minha agradável escolinha.)
*'Eu quero é que ele se exploda.'
(sim, sim, tu.)
*'Estou farta deste pessoal.'
(porque é que será?)
'As minhas amigas andam de costas voltadas uma com a outra.'
(LOOL.)

7 actores ou actrizes:

*Nicolas Cage.
*Jim Caviziel.
*Eu.
*Adam Rodriguez.
*Eu.
*Meg Ryan.
*Eu.


'...oh feelings sto parlando di feelings...'

Deve ser de vésperas...

Ando naquela fase em que acho que todos devíamos ser suficientemente livres para fazermos tudo quanto fosse de nossa vontade.
Acho que ninguém devia ter amarras tão apertadas, responsabilidades tão grandes, ideais tão exigentes que não nos permitem, de um momento para o outro, largar tudo e partir em busca de um novo sonho.
O sonho podia nem ser nosso, podia ainda não existir,mas a existência de vontade já devia ser suficiente para nos fazer partir.
Ir em busca de trazer o que ainda não procurámos, o que ainda,talvez, nem sabemos que existe.
Mas ir.
Acho que ninguém devia ter competência tal,família tal, um código ético de tal forma restrito que não lhe permite ser capaz de parar o mundo e de o fazer girar duas vezes sobre si mesmo, quando apetece.
Porque apetece.
Como me apetece hoje.
Certo é que se a vontade contasse a esta hora não estaria aqui a escrever estas linhas.
E ao invés disso...
Talvez estivesse a correr atrás daquilo que o meu coração hoje pede.
Porque amanhã a vontade poderá ser outra.

'...Regressa a mi...'

Quaresma?

Estou diante do caminho.
Tanta estrada e tão pouca vontade para a percorrer.
O caminho pode levar-me longe, mas hoje a preguiça é maior.
Não sei se é a preguiça ou as dúvidas que me prendem ao que é meu, ou não é.
Queria arranjar coragem para soltar as amarras e sonhar.
Sonhar o sonho que Deus, outrora, também sonhou para mim.
Mas não me sinto capaz.
Queria ter a ousadia de percorrer um caminho que me pode levar bem longe.
Um caminho que me demonstra que o segredo é Amar, amar com os braços abertos e com um coração trespassado.
Mas hoje fico aqui, diante da estrada a contar cada centímetro da coragem que preciso ter.
Queria ser capaz de pôr em prática o plano que, um dia, Ele traçou para mim.
Mas as coisas que me impedem ainda são demais.
Talvez seja apenas eu a prender a mim própria e não as coisas.
Mas sinto-me tão pouco preparada para arriscar.
Pode ser teimosia ou pode ser necessidade de afastamento.
Não sei.
Falta de planos?Falta de coragem?Falta de sonhos?
Não.
O que me falta é saber como fazê-lo.
O caminho é longo.
A recompensa será, apenas e só, a cruz.
Quem me espera?
Alguém cujos braços sempre permaneceram abertos para mim.
O que me falta?
Quando souber a resposta partirei.
Talvez ainda não seja tarde.

'E o Amor chegará à tua vida um dia...'

Acho!

Acho que sim.
Sem nenhuma certeza, mas acho.
Sem confirmação mas penso que sim.
Acho mesmo.
Ainda custa, mas passa.
E eu estou mesmo mais convencida que sim.
Ainda não sei bem.
Mas talvez seja mesmo isto.
Sem nenhum fundo de realidade, mas quase como se tivesse.
Sem saber bem.
Mas acho que és, mais ou menos, tu.
Ainda não sei.
Mas estou convencida de que é isto.
Acho que (te) quero.
Mas sem criar ilusões.
Acho.
Sim.
Quer dizer, talvez sim.
Mas estou bem contigo.
Apesar das nossas 'discussões'.
Apesar das nossas fosquices.
Mas acho que começo a respirar com mais intensidade.
Talvez de te ver.
Ainda não é nada confirmado.
Nem vinculativo (só porque está na moda a palavra!).
Acho que me fazes tremer.
Pouco, sem nada de sério.
Mas acho que é isto.
Mais ou menos.
Acho.
Queria que estivesses aqui.
Talvez amanhã.
O teu sorriso.
Ou o meu.
Sem certeza, claro.
Mas quero.
Acho que sim.
Pelo menos quero rir-me como quando estou contigo.
Quero liberdade.
Ainda não sei.
Mas...
Talvez haja algum fundo de verdade.
Estou a voltar a ser feliz.
Mas isto com muita certeza.

'Quando essa boca disser o seu nome venha voando, mesmo que a boca só diga o seu nome de vez em quando...'

(IN)disposição!

Hoje estou cheia!
Cheia deste nada que hoje faz o meu tudo e que não passa do mesmo, NADA!
É assim, tem sido assim os últimos tempos, e vai continuar a ser?
Não sei...
Quero tanto, mas tudo o que há entre mim e o meu querer é distância. Estou mais distante dele do que da Lua. E queria-o!
Mas hoje, o querer é nada!Não significa nada, não representa nada, não me entusiasma, não me aflije, porque hoje é tudo o que há!
Vazio...Um vazio nenhum cheio de inumeras coisas, ou de coisa nenhuma.
Este vazio de ti...Um vazio cheio de uma presença ausente ou de uma ausência presente!Talvez seja isto.
Um vazio cheio de ti.
Ou um cheio de ti vazio.
Por hoje, nada!

'Roubar
Subtrair uma parte qualquer
Da metade do que não é nada
A não ser um pedaço qualquer de alguém
Matar
Subitamente apagar dessa vida
Um pedaço que é nada mais
Que uma parte qualquer
Da metade do que não é nada
A não ser um pedaço qualquer de alguém
Viver
Repetir todo o dia a tarefa
De ser um a mais
Uma parte qualquer da metade
Do que não é nada a não ser
Alguém
Morrer
Simplesmente sair dessa vida
E deixar para sempre de ser
Um a mais e de ser
Uma parte qualquer da metade
Do que não é nada a não ser
Alguém...'