Farrapos de Nuvens

...um dia descobrimos que somos nós quem decide se as nuvens podem mesmo esconder o sol. ...um dia.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Misturas&Incertezas

Às vezes sou demasiada branda com os outros, sempre demasiado comigo mesma, e cada vez que tento lutar contra esta inevitabilidade é como se deixasse de andar, de respirar, de existir: tudo se torna tão difícil que os dias se transformam em anos e as cores esbatem-se numa mistura feia, porque já não sei para onde olhar, o caminho traçado nem sempre é o que escolho, apenas aquele que a vida me obriga a percorrer para aprender coisas que ainda não sei. Ainda não sei esperar, corro atrás da vida sem lhe dar tempo para me trazer o que preciso e que tão-pouco sei o que é. Ainda não sei aceitar derrotas ou perdas, embora tivesse aprendido que amar é querer sempre o melhor para aqueles que amamos, mesmo que isso não seja o melhor para nós, que o amor tem asas e, por isso, pode voar e ir-se embora, que a doçura é um bem precioso que nos suaviza o coração e que nunca deixamos de amar quem queremos proteger, mesmo que a protecção seja abrir as janelas e olhar cada vez para mais longe, deixando entrar o frio, a chuva e a tristeza. Queria que acreditasses que podes ser feliz porque eu sou feliz.

sábado, janeiro 12, 2008

Se...posso.

Se pudesse...

Se eu pudesse.
Escolheria ser-te.
Sem pressa e sem tempo.
Para que o teu sorriso durasse todo o momento.

Se eu pudesse.
Escolheria amar-te.
Quando mais precisas.
E sem ter de largar-te.

Se eu pudesse.
Escolheria a eternidade.
Porque só lá.
Este amor encontra verdade.

Se eu pudesse.
Escolheria tocar-te.
De todas as vezes que a coragem me falta.
E me sinto feito lata.

Se eu pudesse.
Escolheria a facilidade.
Mas acreditemos.
Que Ele promete a Felicidade.

Se eu pudesse.
Escolheria não ter de escrever isto.
Não ter de sentir isto.
Não ter de ser isto.

Se eu pudesse.
O que posso.
Amo-te sempre.
Porque este sentimento é só nosso.

Se eu pudesse.
E contigo posso...

terça-feira, janeiro 08, 2008

Onde estás?

Hoje sou um pedaço de nada.
Um nada que luta e tenta.
E num desespero absoluto.
Só vê a tormenta.

Um existir confuso.
De um tentar permanente.
Que não encontra sentido.
E só se sente doente.

Uma doença que mata.
Um corpo que padece.
De uma angústia tal.
Que só sentir enfraquece.

Hoje sou um pedaço de nada.
Que quer ser tudo.
E na sua insignificância.
Fica no canto do mundo.

Um mundo que corre.
Sempre muito veloz.
Que não nos deixar compreender.
O que querem fazer de nós.

Onde estás?

domingo, janeiro 06, 2008

Uma vez e outra...

Ás vezes.
Tenho uma necessidade.
De trazer para a minha vida.
Um pouco mais de irrealidade.

A verdade machuca.
A mentira dói.
Mas pensar é um jogo.
Que nos inquieta e destrói.

Ás vezes.
Tenho em mim uma tal facilidade.
Em dizer que gosto de ti.
E afirmar que é verdade.

Mas quando o corpo sente.
Tudo o que na cabeça passa.
A alma fica contente.
E aí não há desgraça.

Ás vezes.
Tenho em mim uma melancolia.
Que mistura num só corpo.
A dor e a alegria.

E quando de criança.
Tento acreditar em mim.
Vejo que a minha única verdade.
É gostar de ti assim.

Ás vezes.
Tenho em mim uma tal imaginação.
Que me deixo levar.
Por tudo quanto sente este pobre coração.

Ás vezes!